Se você parar agora, você nunca vai descobrir como seria se tivesse continuado.
E se eu continuar por mais 6 meses?
Toda vez que eu penso em desistir de alguma coisa que estou construindo, eu me pergunto:
“E se eu continuar por mais 6 meses?”
Não é uma pergunta aleatória.
É quase um mecanismo de sobrevivência criativa.
Porque nos momentos em que a dúvida bate, em que tudo parece lento, cansativo ou sem sentido, a vontade imediata é jogar tudo pro alto. Fechar a aba, silenciar as notificações, esquecer a meta e voltar pra zona segura.
Mas se tem uma coisa que a vida me ensinou — e empreender me esfregou na cara — é que os resultados mais significativos não aparecem na empolgação do começo, mas na teimosia de continuar.
E se você parar agora, você nunca vai descobrir como seria se tivesse continuado.
A desistência não dói no começo, ela só dói depois.
No dia em que você decide largar um projeto, um canal, um curso, um negócio... você sente um alívio, uma sensação de “ufa, agora eu posso respirar”.
Mas esse alívio é traiçoeiro.
Porque semanas depois, quando você vê alguém crescendo na mesma direção que você ia, ou quando um vídeo seu antigo começa a bombar e você pensa “por que eu parei?”, aí dói.
Dói o vazio de uma história que poderia ter sido escrita, mas ficou no rascunho.
Eu aprendi que não é todo dia que você vai acordar com vontade.
Aliás, na maioria deles, você não vai.
Só que a diferença entre quem cresce e quem só sonha está exatamente aí:
em aparecer, mesmo sem vontade.
em continuar, mesmo sem plateia.
em manter o movimento, mesmo quando parece que nada está funcionando.
Não existe crescimento sem desconforto.
Você acha que todo mundo que fez dar certo estava confiante o tempo inteiro?
Não. Eles só continuaram mesmo quando estavam cheios de dúvida.
E se hoje for o dia antes do ponto de virada?
É isso que me pergunto sempre.
E se hoje for o último dia difícil antes de algo destravar?
E se você estiver a 3 vídeos, 2 reuniões, 1 insight de um salto enorme?
A gente nunca sabe.
E é justamente por isso que você precisa continuar.
É fácil dizer isso agora, eu sei.
Mas é muito mais difícil viver com a dúvida de “como teria sido se eu não tivesse parado?”.
Não confunda cansaço com fim. Tem dia que você está exausto, mentalmente drenado, querendo sumir.
E tudo bem.
Mas pare pra descansar, não pra desistir.
Muita gente desiste porque não aprendeu a respeitar o tempo da recuperação.
Você não é uma máquina, você não precisa postar todo dia, criar todo dia, render todo dia.
Só que você também não pode se perder no intervalo.
Volta. Nem que seja com o mínimo.
A constância não é sobre intensidade. É sobre presença.
Você acha que está no mesmo lugar porque olha pra frente e não vê nada demais.
Mas olha pra trás.
Você com certeza já sabe mais do que antes. Já fez mais do que fez no começo. Já tem mais clareza, mais noção, mais direção.
A evolução não se mede só por números.
Ela se mede pelo quanto você mudou enquanto fazia.
E isso ninguém pode tirar de você.
Quando você para, você perde mais do que tempo.
Você perde a chance de se provar que consegue, você perde a curva de aprendizado, você perde o respeito por si mesmo, mesmo que não perceba na hora.
E o problema disso é que, na próxima vez que tentar algo novo, a sua mente vai lembrar:
“Na última vez, você parou no meio do caminho”.
Isso pesa e vira um padrão.
Parar vira um hábito e você começa a achar que não termina nada, que não nasceu pra isso, que talvez seja melhor nem tentar.
Mas e se você tivesse continuado?
Quando nada estiver dando certo, volte pro simples
Não precisa reinventar tudo, volte ao básico.
Volte ao motivo pelo qual você começou.
Volte a escrever mesmo sem saber o que vai postar.
Volte a gravar mesmo com o celular simples.
Volte a estudar, a ler, a errar.
Só não pare.
A maioria das pessoas não falha — elas desistem antes da hora
Eu sei que você já ouviu isso antes, mas escuta de novo:
Você está muito mais perto do que parece.
Porque o mercado é barulhento. Todo mundo parece estar bombando, crescendo, vencendo.
Mas a maioria... está na mesma que você.
Tentando, com medo, na dúvida se vale a pena.
Achando que talvez estejam indo devagar demais.
A única diferença entre quem aparece no feed e quem some é:
Quem apareceu, continuou.
Quem sumiu... parou antes de descobrir o que poderia ter acontecido.
Se tem uma coisa que aprendi nesses anos empreendendo é que nada que realmente importa se constrói rápido.
E que toda vez que eu pensei em parar, era um sinal de que eu estava prestes a crescer.
Continua.
Nem que seja no ritmo mais lento do mundo, mas continua.
Um dia você vai olhar pra trás e agradecer por não ter parado.
E quando esse dia chegar, tudo vai fazer sentido.
Nos vemos segunda,
Lucas.